Câncer: Sespa e Sesma prometem melhorar diagnóstico durante a menopausa.
Mais da metade dos exames para diagnóstico de câncer de mama e colo do útero deixam de ser feitos em Belém, segundo as secretárias de saúde de Belém( Sesma) e do Estado (Sespa), que divulgaram, ontem de manhã, o "Plano de Atenção à Saúde das Mulheres no Climatério", em que o Estado e município se comprometem a melhorar o acesso dessas mulheres à rede de atendimento especializado.
"Tanto os médicos das unidades básicas de saúde quanto do Programa Saúde da Família (PSF) poderão encaminhar as pacientes para os exames que diagnosticam essas doenças precocemente e fazer o acompanhamento das mulheres no climatério", informou o secretário Hélio Franco.
O plano consiste em uma série de produtos para as unidades básicas de saúde e postos de atendimento do PSF, que permitem ao clínico geral encaminhar as pacientes paro os exames. "Chamamos diretores e gerentes de unidades para a divulgação nos postos que administram. O próximo passo é capacitar os médicos", explicou Rosemary Góes, secretária adjunta da Sespa. Segundo ela, os protocolos começarão a ser operados, em no máximo, 30 dias. Na prática, a pactuação entre Estado e município permite que clínicos gerais identifiquem e encaminhem, de acordo com a necessidade, pacientes para exames que antes só eram solicitados por especialistas, como a mamografia e a ultra-sonografia transvarginal, que diagnosticam o câncer de mama e o câncer de colo de útero, respectivamente. "Com isso, desafogamos os atendimentos na média e alta complexidade e garantimos maior acesso dessas mulheres a essa rede de exames", garantiu Góes. Por mês, o município tem capacidade para fazer 4.285 mamografias, 2.517 ultra-sonografias transvarginal, 1.121 ultra-sonografias mamária, 665 ultrassonografias pélvicas e 762 desintometrias ósseas. Mas menos da metade desses exames são realizados. "Queremos exatamente encurtar o caminho para as pacientes, a partir do momento em que ela pode conseguir o encaminhamento para o exame com o médico do Posto de Saúde, no bairro onde vive."
Além de qualificar clínicos gerais para identificar e solicitar os exames quando necessário, a idéia do Plano é que parte do acompanhamento das mulheres na menopausa seja feito na Unidade Básica de Saúde ou nos postos do PSF.
"Nem todas as mulheres no climatério precisam de reposição hormonal. Em alguns casos é cuidado com a alimentação e outros acompanhamentos que podem ser feitos na Unidade Básica", explicou Franco. Com as novas orientações, além de cumprir as metas do Ministério da Saúde para a realização dos exames preventivos, o Estado pretende reduzir o número de atendimentos e os custos destinados, hoje, à alta e média complexidades. "Além de diagnóstico precoce, isso nos possibilitará desafogar o fluxo e reduzir custos na saúde pública", avaliou Franco.
Por: Rosana Magno
Assessora de Imprensa da Dep. Ana Cunha.
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